O uso do seu telefone estĂĄ prejudicando o desenvolvimento do seu bebĂȘ?

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Todo mundo conhece esta imagem: pai ou babĂĄ senta em um cafĂ© olhando para um smartphone, enquanto um bebĂȘ senta borbulhando em um carrinho de criança.

Aqueles que estiveram nessas trincheiras talvez tenham menos probabilidade de julgar, sabendo que o espaço entre explosĂ”es alegres de conversas de bebĂȘ sorridentes inclui vastas e entorpecedoras extensĂ”es de tĂ©dio infantil. Mas especialistas dizem que hĂĄ um problema mais profundo na produção de cerveja.

"É um grande problema", disse Dana Suskind, autora e professora associada de cirurgia pediĂĄtrica na Universidade de Chicago, referindo-se a pais distraĂ­dos por dispositivos. "A linguagem nesses primeiros anos de vida Ă© a comida para o cĂ©rebro em desenvolvimento".

Suskind e outros temem que pais e cuidadores, distraĂ­dos demais com seus smartphones e outros dispositivos, nĂŁo estejam conversando com bebĂȘs o suficiente. E os pesquisadores dizem que conversar Ă© fundamental, ativando pequenos cĂ©rebros e enchendo suas cabeças com palavras que eles descobrirĂŁo mais rapidamente do que bebĂȘs que ficam em silĂȘncio.

Suskind Ă© fundadora e diretora da iniciativa Thirty Million Words, que leva o nome do nĂșmero de palavras que os bebĂȘs dizem ouvir quando chegam aos 4 anos, se seus pais conversarem com eles regularmente. E ela Ă© autora de Trinta MilhĂ”es de Palavras: Construindo o CĂ©rebro Infantil.

No entanto, ela e outros dizem que Ă© loucura esperar que os pais nunca olhem para seus telefones.

"Eu nĂŁo acho que ser um bom pai significa olhar com adoração para o seu bebĂȘ em todos os momentos", disse Eileen Kennedy-Moore, uma psicĂłloga que escreve sobre o desenvolvimento da primeira infĂąncia.

Ela disse que a pesquisa estabeleceu que os bebĂȘs se beneficiam nĂŁo apenas de ouvir palavras, mas de interação. Ela citou um fenĂŽmeno chamado "paradigma do rosto parado" em que um bebĂȘ "enlouquece" quando uma mĂŁe, depois de responder, nĂŁo responde.

"NĂŁo Ă© apenas a quantidade total de atenção que Ă© a chave", disse ela. "É essa capacidade de resposta."

Os adultos conhecem esse sentimento, ela disse. "Sair pode ser angustiante para qualquer um."

Brock Ferguson, que recentemente publicou um artigo sobre desenvolvimento de vocabulårio infantil, disse que uma maneira de pensar nisso é como uma narrativa em execução.

"VocĂȘ fala com seu bebĂȘ sobre o que vocĂȘ estĂĄ vendo e o que eles estĂŁo vendo", disse ele.

Suskind citou uma pesquisa que mostrou que as ĂĄreas do cĂ©rebro associadas Ă  fala "se acendem" quando os bebĂȘs interagem com os adultos. As imagens do cĂ©rebro mostram o bebĂȘ "tentando falar".

Mas a pesquisa mostra que nossos dispositivos podem estar atrapalhando.

Em um estudo de 2014 publicado na revista Pediatrics, os pesquisadores observaram cuidadores com crianças em um restaurante. Quarenta dos 55 foram observados usando um smartphone durante a refeição. O autor do estudo disse que os mais profundamente absorvidos por seus aparelhos tendem a responder com severidade às crianças.

Outro estudo descobriu que 54 por cento das crianças dizem que seus pais verificam seus telefones com muita frequĂȘncia.

Chip Donohue, diretor do Centro de Tecnologia na Primeira Infùncia do Instituto Erikson, de Chicago, disse que "claramente hå distraçÔes digitais. E claramente hå casos em que estamos perdendo a batalha".

Ele disse que se trata de atenção plena.

"É complicado ser pai na era digital", disse Donohue. "Os pais precisam lembrar que conversar (com bebĂȘs) estĂĄ ensinando e que esse dispositivo pode atrapalhar isso, e eles precisam assumir o controle do dispositivo."

Kennedy-Moore ofereceu uma proposta mais sucinta para pais potencialmente distraĂ­dos com smartphones.

"NĂŁo seja um idiota com o seu telefone", disse ela.

Chicago Tribune

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