Insônia gravidez afeta 2 em 3 mulheres no último trimestre
Grávida e encontrando-se jogando e girando a cada noite, desesperada por algumas horas de sono decente? Você não está sozinho. Um novo estudo, publicado no European Journal of Obstetrics & Gynecology and Reproductive Biology, descobriu que 64% das mulheres sofrem de insônia no final da gravidez. E isso é dez vezes maior do que os seis por cento das mulheres que sofrem de insônia antes da gravidez.
A coautora, Dra. MarÃa del Carmen Amezcua Prieto, admite que, embora essa descoberta possa não ser uma novidade, é um dos profissionais de saúde que precisa levar a sério. Pesquisas anteriores descobriram que o mau sono durante a gravidez está associado à depressão e ao parto prematuro. E um estudo descobriu que os que dormem mal têm 20% mais chances de se submeter à cesariana e passam por um trabalho de parto mais longo.
"Embora seja bem sabido que os problemas preexistentes do sono pioram e novos problemas surgem frequentemente durante a gravidez, há uma tendência a assumir que as dificuldades relacionadas a dormir e manter o sono reparador são fenômenos caracterÃsticos da gravidez e que devem ser suportados, "Dr. Amezcua Prieto diz. "Isso provavelmente ocorre porque o sistema de saúde não dá importância ao tema durante o acompanhamento das gestações, a ponto de a Organização Mundial da Saúde (OMS) nem sequer abordar a questão do sono em suas orientações sobre o cuidado à gestante. "
Para explorar os fatores associados à insônia na gravidez, 486 mulheres foram monitoradas durante os três trimestres de suas gestações. Dados de insônia desde a pré-gravidez, bem como seis meses após o parto, também foram analisados. De acordo com os resultados, as futuras mamães não estão apenas olhando para o teto às 2 da manhã durante as últimas semanas de gravidez. Para 44 por cento das mulheres grávidas, a insônia atinge durante o primeiro trimestre, aumentando para 46 por cento no segundo trimestre. (Quando chega bub diminui um pouco, com 33 por cento das novas mães ainda lutando contra a insônia.)
A co-autora MarÃa del Rosario Román Gálvez, explica que eles também observaram alterações na fragmentação do sono, o número de vezes que as mulheres acordam durante a noite - e quanto tempo elas ficam acordadas. "[O estudo] demonstra que a frequência e a intensidade da fragmentação do sono continuam aumentando à medida que a gravidez progride", diz ela. Em outras palavras, se você está acordando com mais frequência à medida que sua barriga cresce, você não é o único. Mas a gravidez não apenas resulta em sono fragmentado - ela também mexe com o que os pesquisadores chamam de "indução do sono" ou o tempo que um preggo sonolento leva para cochilar.
Não é novidade que a equipe descobriu que, se você tiver insônia antes da gravidez, provavelmente continuará jogando e girando quando estiver esperando um pouco também. "Embora possa parecer óbvio, o fator mais importante é a insônia pré-gestacional, já que é fundamental para a prevenção e ressalta a importância da detecção da insônia antes da gravidez e em todos os estágios", afirma a co-autora Aurora Bueno Cavanillas.
A pesquisa também identificou que a obesidade e se as mulheres já têm filhos, também podem ter um impacto nos padrões de sono. "A prevenção da insônia deve ser direcionada particularmente para aqueles com alto Ãndice de massa corporal e insônia pré-gestacional", concluem os autores.
Mas o que mamãe exausto pode fazer? Coloque seus tênis e mexa-se. Os pesquisadores descobriram que se envolver em exercÃcios fÃsicos moderados ou intensos durante a gravidez reduziu as chances de insônia no terceiro trimestre. "Portanto, esta é mais uma razão para promover a atividade fÃsica durante a gravidez", diz Bueno Cavanillas.
Juntamente com o exercÃcio, uma revisão de 2016 sobre o diagnóstico e tratamento da insônia na gravidez, publicada no periódico Pakistan Journal of Medical Sciences, sugere que as mulheres tentam o seguinte:
- Use luzes noturnas no banheiro, pois a luz forte pode dificultar o retorno ao sono
- Beba muitos lÃquidos durante o dia, mas limite a ingestão após as 17h para diminuir as freqüentes viagens ao banheiro
- Evite alimentos picantes, pesados ​​e fritos para diminuir a azia.
- Faça cochilos diurnos na primeira parte do dia, se necessário.
- Se não conseguir dormir, não force. Em vez disso, saia da cama, tome um banho quente e faça algo não-estimulante, como tricô, lendo um livro, etc.
- Evite atividades como comer, assistir TV, jogar videogames ou outros eletrônicos ou telefonemas longos enquanto estiver na cama.