O dia em que parei de amar ultra-sons

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O Ășltimo dia de fevereiro de cada ano Ă© o Dia Mundial das Doenças Raras. É um momento em que as pessoas afetadas por doenças raras compartilham suas experiĂȘncias, alĂ©m de aumentar a conscientização pĂșblica sobre as condiçÔes muitas vezes negligenciadas. Aqui, Nicole Luk fala do momento em que soube que seu feto tinha displasia diastrĂłfica - uma condição genĂ©tica rara que afeta o desenvolvimento da cartilagem e do osso e leva ao nanismo.

17 de fevereiro de 2010 serĂĄ uma data que me lembro para o resto da minha vida. Algumas semanas antes, nos disseram que os resultados do nosso teste de triagem de sĂ­ndrome de Down nĂŁo eram ideais e que tĂ­nhamos uma chance em sete de ter um bebĂȘ com sĂ­ndrome de Down. NĂłs passamos aquelas duas semanas pesquisando e nos educando e ainda assim conseguimos nos sentir bastante positivos.

Depois de muita discussão, decidimos fazer a amniocentese para que pudéssemos ter o måximo de informação possível para nos prepararmos para quem quer que fosse esse bebezinho.

Entramos na consulta com um pouco de medo, mas tĂŁo preparados quanto poderĂ­amos estar. Quando nosso mĂ©dico começou a varredura, o humor mudou. Quase instantaneamente, ele disse, "Eu posso dizer que hĂĄ algumas anormalidades com o esqueleto. Estou bastante certo de que isso nĂŁo Ă© sĂ­ndrome de Down, mas a amniocentese pode nĂŁo nos dar mais nenhuma informação. Isso estĂĄ alĂ©m da minha experiĂȘncia, eu preciso me referir vocĂȘ a um especialista em diagnĂłstico prĂ©-natal. "

Mesmo nessa situação, eu perguntei "VocĂȘ pode dizer o gĂȘnero?"

"É uma menina", ele respondeu.

Voltamos para a sala de espera - um lugar que antes havia sido um lugar de antecipação, excitação e alegria - e choramos lĂĄgrimas abafadas, cercadas por outros casais expectantes. Fomos avisados ​​de que o mĂ©dico diagnosticador prĂ©-natal podia nos ver em sua clĂ­nica em uma hora e meia, entĂŁo saĂ­mos para um almoço muito tranquilo.

Na nossa prĂłxima consulta, a notĂ­cia foi entregue apĂłs golpe. Displasia esquelĂ©tica. Muito possivelmente letal. NĂŁo podemos dizer atĂ© cerca de 30 semanas que chance o bebĂȘ terĂĄ na sobrevivĂȘncia. A amniocentese provavelmente nĂŁo darĂĄ respostas. RescisĂŁo Ă© uma opção (eu sou grato que eles respeitaram a nossa escolha de levar a termo, independentemente do resultado).

Lembro-me de Bernard perguntando: "Quais sĂŁo as chances de que o crescimento se recupere e que o bebĂȘ seja saudĂĄvel?" O mĂ©dico respondeu "praticamente zero".

Naquele dia, parei de amar ultrassons quando reconheci que o verdadeiro propĂłsito deles era me preparar para bebĂȘs como os meus, nĂŁo para lhe dar um instantĂąneo para o ĂĄlbum do bebĂȘ. Nesse dia sozinho, eu tinha cerca de uma hora de ultra-som. Como o bebĂȘ nĂŁo estava na posição certa, precisĂĄvamos voltar no dia seguinte para mais. Eu trouxe para casa cerca de 50 imagens de cada centĂ­metro do corpo do meu bebĂȘ minĂșsculo.

Depois de horas passadas em um consultório médico, pegamos um tåxi para casa, totalmente exaustos e com medo do que os próximos seis meses poderiam trazer.

E no tĂĄxi, perguntei a Bernard: "O que vocĂȘ acha do nome Madeline Hope?"

O Ășltimo dia de fevereiro de cada ano Ă© o dia mundial das doenças raras. Dois dos meus trĂȘs filhos sĂŁo afetados por diastrofos ...

Postado porFaith Hope Joy - displasia diastrĂłfica em domingo, 28 fevereiro 2016

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