Aumento de nascimentos induzidos preocupa médicos
Uma em cada trĂȘs mulheres grĂĄvidas em NSW tem seu trabalho induzido - um aumento de pelo menos 15% nos Ășltimos 10 anos - com quase metade das induçÔes feitas sem uma razĂŁo mĂ©dica.
A indução do trabalho de parto, em que as mulheres recebem drogas como a ocitocina ou a prostaglandina para estimular o colo do Ăștero e iniciar contraçÔes, pode aumentar as chances de um parto por cesariana ou causar complicaçÔes tanto para a mĂŁe quanto para o bebĂȘ.
Ambas as drogas também tornam o trabalho de parto mais doloroso porque as contraçÔes são mais fortes e mais longas, levando as mulheres a exigir mais analgesia e mais tempo para se recuperar após o nascimento.
Em um estudo com mais de 730.000 nascimentos entre 1998 e 2007, pesquisadores da Universidade de Sydney e do Royal North Shore Hospital ficaram alarmados ao descobrir que metade daqueles que tiveram induçÔes estava grĂĄvida do primeiro bebĂȘ, uma mudança que poderia mudar a maneira os partos foram tratados se a indução resultasse em um parto cesariano.
O estudo, publicado no Australian e New Zealand Journal of Obstetrics and Gynecology, descobriu que um quarto das mulheres que tomavam tanto ocitocina quanto prostaglandina tinha cesariana, em comparação com 19 por cento das que receberam somente prostaglandina e 15 por cento que tinham ocitocina.
As principais razÔes citadas para a indução foram gravidezes de 41 semanas ou mais, hipertensão e diabetes, mas 45 por cento das mulheres não tinham razÔes médicas para serem induzidas.
Na dĂ©cada passada, o nĂșmero de induçÔes realizadas em mulheres com hipertensĂŁo ou diabetes subiu de 6% para 22%, um resultado que pode ser atribuĂdo Ă epidemia de obesidade do World, a um aumento de mĂŁes mais velhas e a uma melhor triagem prĂ©-natal.
O estudo também descobriu que as induçÔes em hospitais privados aumentaram de 18% para 27%.
Mas muitas induçÔes estavam sendo feitas em mulheres prĂ©-termo em hospitais que nĂŁo tinham instalaçÔes de suporte respiratĂłrio neonatal, apesar da maioria dos bebĂȘs prematuros precisarem de ajuda com a respiração, descobriram os pesquisadores.
Em outro estudo publicado na revista, os mĂ©dicos em Queensland, que tem a maior taxa de cesariana do paĂs, previram que os partos cirĂșrgicos aumentariam na prĂłxima dĂ©cada, porque um terço das mulheres que tiveram seus primeiros bebĂȘs estava realizando o procedimento.
Houve pouco acordo entre os médicos sobre a segurança dos partos vaginais após cesarianas e não hå pesquisas suficientes sobre o assunto, disseram eles.